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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Real fica em 29º lugar em ranking de moedas seguras
O real pode ser a moeda preferida dos investidores internacionais para os lucros de curtíssimo prazo, mas fica atrás de moedas do Peru, Malásia, Hungria e Croácia, além de vários países desenvolvidos, como refúgio seguro para o dinheiro em caso de estourar uma nova crise financeira. É o que mostra um estudo feito por analistas da corretora japonesa Nomura Securities, que elaborou um ranking de moedas mais seguras para os investimentos. Entre 43 países avaliados, o Brasil ficou em 29º lugar, prejudicado, principalmente, pelas medidas de controle de capital adotadas nos últimos anos.
O dólar americano, mesmo depois de os Estados Unidos terem perdido a nota máxima AAA de classificação de risco pela agência de rating Standard & Poors (S&P), permanece no primeiro lugar como moeda mais segura para investir, seguida do iene japonês e do euro. O último lugar ficou com a coroa da Islândia, país símbolo da crise financeira mundial de 2008, que sucumbiu a uma dívida bancária dez vezes o tamanho da sua economia, resultando numa desvalorização da moeda superior a 80% e a adoção de rígido controle cambial.
Na América Latina, a melhor colocação coube ao peso do Chile, seguido pelo novo sol do Peru e o peso do México, enquanto que o peso argentino teve a pior avaliação na região. As moedas latinas, no geral, tiveram avaliação fraca em razão de problemas com inflação, classificação de risco da dívida soberana e critérios de governança, apontou o estudo.
"Apesar de ter um balanço de pagamentos ainda sólido, o Brasil perdeu várias posições quando avaliamos a questão da flexibilidade e da conversibilidade do real em razão das medidas adotadas recentemente (de controle cambial) e que amedrontam os investidores, que temem o risco de medidas adicionais no futuro", disse em entrevista à Agência Estado Peter Attard Montalto, um dos analistas que assinam o estudo da Nomura Securities. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Um comentário:
Esta "fraca" colocação pode ser analisada sob vários aspectos. Pode significar que país não tem regras bem definidas, ou que não tem boa reputação. Por outro lado, mostra que o governo não está dormindo e que aqui não é bom lugar para especuladores se esconderem de crises. A coisa funciona mais ou menos assim: quem quiser vir aqui investir em coisas produtivas, será muito bemvindo. Já, quem quiser especular ou somente se proteger de crises, que procure outra trincheira. O Chile é uma boa opção, não se sabe até quando.
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